
BOTEQUIM
Edição semanal 22 a 28 de Dezembro 2025 - sujeita a actualizações diárias
País de suicidados

Dos muitos rótulos que se colam em alguns de nós - há quem pareça mala de porão pejada deles -, o que mais entedia é o de se ser "pessimista", "extremista", "fascista", "comunista" (uff!), com mandato para exílios, extermínios, fogueiras.
«Em Portugal somos julgados não pelo que dizemos ou escrevemos mas pelo que os outros afirmam que nós dizemos ou escrevemos» prevenia, certeiro, Jorge de Sena.
Os bem pensantes (os papas dos três ou quatro pensamentos únicos instituídos) costumam alvejar os visados de forma enviesada, isto é, em vez de atacarem-nos de frente (no concreto) alfinetam-nos de esguelha, pela insinuação, pelo apoucamento, maneira de desacreditá-los, ridicularizá-los. Trata-se de uma variante pós moderna do que ocorria antes do 25 de Abril; o labéu de então era ser-se comunista, depois dele, ser-se fascista.
Atrás de semelhantes cenografias, a riqueza vai concentrando-se cada vez mais em núcleos restritos e o poder em tiranias privadas. O Estado estratifica-se, a política trafica-se, os esbatimentos direita/esquerda, realidade/utopia, publicidade/informação aceleram-se.
Uma espécie de Idade Média emerge trazendo consigo uma nova Era de Desigualdade que, desapiedadamente, provoca a eliminação dos que já não podem viver com os ordenados do seu trabalho.
A mentalidade demendigo faz-se pandemia propagada por políticas fiscais que tiram aos que têm pouco (classe média) para acumular nos que têm muito. Daí a Europa produzir hoje três vezes mais
do que há 40 anos, utilizando menos 30 por cento de mão-de-obra.
A mentalidade demendigo faz-se pandemia propagada por políticas fiscais que tiram aos que têm pouco (classe média) para acumular nos que têm muito. Daí a Europa produzir hoje
personalidade jurídica) custa 100 no mercado internacional. Todo o progressista contem uma costela de beato e de tirano, já advertia Antero.
Só a lucidez, avisam os ditos pessimistas, nos pode preservar do abuso dos poderes, poderes que não se encontram nas «mãos dos que produzem o conhecimento mas", destaca Edgar Morin, "nas dos que manipulam os que produzem o conhecimento».
Desbaratados os fundos da Comunidade Europeia, exaurida esta e o País pelas demagogias socialista, social-democrata, democrata-cristã, ultraliberal, comprometidos os executivos, os partidos, os municípios, os órgãos de comunicação, de justiça, de ensino, de saúde, de civismo, Portugal estiola sem ânimo, sem esperança, lamurioso de fados e névoas - como sempre lhe sucede quando cai no concreto.
Psiquiatras descobrem, entretanto, que há pessoas mais apavoradas com a sobrevivência do que com a morte. Tornámo-nos, aliás, um dos países de maior taxa de suicídios do mundo.
De suicidados nele.
Objectos que fomos esquecendo

Muitos dos objectos que preenchiam o nosso quotidiano (de peças de vestuário a utensílios privados) desapareceram já. Alguns por completo.
A máquina de escrever mecânica, de teclas e carreto, e fita de tinta dominou, até à proliferação do computador, o mundo da escrita, com o seu som cantante e seco, os seus modelos diversificados e sólidos, os seus materiais robustos e discretos. Havia-as pesadas, portáteis, de secretária, de repartição, de executivo, de senhora.
Nas secretárias e escrivaninhas onde predominavam as canetas de tinta sobressaía um objecto de notável design, chegando a atingir requintes invulgares: o mata-borrão. Era por vezes incrustado a prata, ou a madrepérola, ou a marfim; era por vezes uma verdadeira jóia.
Objecto pequeno, modesto, o apara-lápis acompanhou muitos de nós durante gerações. Servia, como o nome indica, para aguçar os lápis que então se usavam quotidianamente, em madeira, em metal, em plástico. O fim dos lápis trouxe o seu fim.
Substitutas do papel, que escasseava na altura, as lousas — quadrados de pedra negra lisa, formato semelhante ao A4 — com os seus ponteiros de giz branco, e de outras cores, as suas almofadas de apagar, os seus caixilhos de ripas, impuseram-se uma presença inesquecível.
Outro utensílio perdido: a gilete de atarraxar. Ao surgir destronou a navalha. Depois as máquinas de barbear, eléctricas, descartáveis, recarregáveis, que inundaram o mercado, destronaram-na. Em alguns estojos de toilette requintada resiste ainda.
Dávamos-lhe corda ao deitar, acordávamos ao disparar do trim-triiimmm das suas campainhas — em alguns modelos duplas. Era o despertador de cabeceira, uma das invenções mais detestadas da humanidade trabalhadora, e mais indispensáveis a ela. Reciclou-se. Converteu se à electrónica, às pilhas, à música, para melhor cumprir a sua desalmada missão.
Sólido, pesados, pretos (o cinema americano preferia-os brancos), os telefones de disco imperaram durante décadas. Com tomadas fixas, fios curtos, números giratórios, interferências regulares. O telemóvel tornou-os pré-históricos.
Com o seu braço articulado, agulha de diamante, prato rotativo, o antigo gira-discos, o velho pick-up, subsiste como peça de colecção, isolado ou integrado em móveis-módulos de madeira e baquelite. Lembram oratórios pagãos silenciados pelo tempo e pelo pó. Modas retro ultimamentesurgidas tentam, curiosamente, emergi-lo.
As mudanças nos costumes, nas técnicas, nos materiais, nos comportamentos foram tornando lentamente esses objectos obsoletos, fora de utilidade — mas não de memória. O Natal é propício a evocá-los
a nova era





Egipto
a Arte para a Eternidade
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Era o meu sonho visitar as Pirâmides e o Grande Museu do Cairo.
Recordo que a viagem ao Egipto foi para Eça de Queirós também uma oportunidade de reflectir sobre o encontro de culturas e a presença europeia na naquela localidade. Nas suas crónicas, depois publicadas em "O Egipto", Eça de Queirós confessa a perplexidade perante a monumentalidade das pirâmides e a magia dos monumentos faraónicos, ao mesmo tempo que se mostra atento ao quotidiano dos habitantes da cidade do Cairo, aos costumes e aos gestos simples do povo egípcio.
Actualmente o Egipto está na Moda. Em 13 Outubro de 2025 Chefes de Estado e altos funcionários de vários países chegaram à cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, para participar de uma cúpula internacional pela paz em Gaza.
Este ano foi apresentado o filme o "Fountain of Youth" (2025), dirigido por Guy Ritchie e estrelado por John Krasinski e Natalie Portman, que ficou célebre por ter sido amplamente filmado no Egipto,
incluindo nas Pirâmides de Gizé, marcando a primeira vez que um filme estrangeiro gravou cenas importantes no seu interior. A produção apresenta uma aventura em busca da mítica "Fonte daJuventude", com marcos egípcios desempenhando um papel central na história.
Até 19 de Janeiro de 2026, o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque apresentará a exposição sobre o Egipto:" Divine Egypt," que reúne quase 250 obras de arte e objectos, muitos deles cedidos pelas instituições de arte, como o Museum of Fine Arts, Boston, o Musée du Louvre, Paris, e a Ny Carlsberg Glyptotek, Copenhague. Esta mostra destaca a iconografia associada às divindades mais importantes do vasto panteão de deuses do antigo Egito.
Representações do majestoso Hórus de cabeça de falcão, da leoa Sakhmet e do sereno Osíris envolto nos seus sudários revelam as formas marcantes pelas quais os reis e o povo do antigo Egito reconheciam e interagiam com seus deuses.
No dia 1 de Novembro de 2025, o Presidente Prof. Marcelo Rebelo de Sousa foi à inauguração do Grande Museu do
Cairo. A cerimónia foi organizada para assinalar a abertura deste megaprojeto, o maior museu arqueológico do mundo, dedicado ao património egípcio. Cheguegamos ao Cairo no dia 3 de Agosto 2025 e o Aeroporto, extremamente pequeno e com uma multidão infinita que não nos deixava sair.

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Uma hora depois lá encontramos o nosso transporte para o Steigenberger Hotel El Tahrir Cairo com uma situação privilegiada em frente ao antigo museu:Museu Egípcio ou (também chamado de Museu do Cairo). No dia seguinte à chegada ao Cairo fomos visitar este museu, que tinha várias peças embrulhadas para serem colocadas no Grande Museu do Cairo. Mas consegui admirar o magnifico sarcófago em ouro de Tutancámon e algumas joias.
O velhinho Museu Egípcio continua a deter o património de Tutancámon e a maior colecção de peças da história egípcia. Ver a máscara de Tutancámon é uma das mais conhecidas obras de arte do mundo.
Pode-se admirar a história incrível da vida e morte do faraó egípcio e da descoberta do seu túmulo, numa série documental de 3 episódios com a chancela da BBC. (RTP):
Pirâmides imponentes. Câmaras de tesouro. Rituais dramáticos. O historiador Dan Snow conta a história trágica da vida, morte e redescoberta do jovem faraó Tutancámon. Na companhia da arqueóloga Raksha Dave e do jornalista John Sargeant, acedem a locais únicos em todo o Egipto e lançam uma nova investigação sobre o célebre menino-rei e os seus tesouros.
No dia seguinte apanhávamos o avião para Luxor e depois fomos diretos para o hotel Steigenberger Resort Achti, nesta cidade.
Este hotel está localizado sobre as margens do rio Nilo, em Luxor. Ainda nesse dia um egípcio dono de um tradicional veleiro "Felucca Egípcia" com uma enorme vela proporcionou-nos um passeio privativo lindíssimo ao pôr do sol no Nilo.
No dia seguinte navegamos para a margem oeste do Nilo na mesma Felucca Egípcia do dia anterior para visitar um repositório com esculturas gigantescas e colossais. Luxor, é um centro monumental incomparável, conhecido como um museu a céu aberto, focado principalmente nos tesouros da Margem Oeste (Vale dos Reis,
Templo de Hatshepsut, Colossos de Memnon) e da Margem Leste (Templos de Luxor e Karnak), com tumúlos faraónicas ricamente decoradas e templos mortuários impressionantes como o de Ramsés III (Medinet Habu), repletos de hieróglifos e artefatos que revelam a vida após a morte e o poder dos faraós.
No dia seguinte fomos visitas as Pirâmides vê-las ao longe é uma "inesquecível paisagem, de grande espectacularidade," mas de perto, senti a mesma frustração que Eça Queirós sentiu nos seus apontamentos, quando se referiu acerca pirâmides "enormesdisformes."
No caderninho de viagem de Eça de Queirós, ele relembra: "que do alto da pirâmide Khufu pôde apreciar uma inesquecível paisagem, de grande espectacularidade, que o terá compensado pela frustração sentida ao ver de perto as pirâmides, "enormes disformes, descarnadas, desconjuntadas, esfoladas» ... Ali perto, estava a colossal imagem da Esfinge, que se julga ser uma representação do faraó Khafré, o construtor da segunda pirâmide de Guiza."
No dia seguinte fomos visitar o grande Museu do Cairo. museu o novo e o antigo – e o sem-fim de peças extraordinárias e só depois perceber os locais (templos, palácios e túmulos) de onde foram retiradas.
O novo Grande Museu Egípcio, que deverá ser o maior museu de arqueologia do mundo quando estiver um pleno funcionamento, é uma maravilha arquitectónica e há milhões de peças à espera para serem exibidas. É certo que os egípcios - e bem – falam muito indignados dos milhares de peças que foram roubadas pelos ocidentais.
Mas depois afirmam: "Temos milhões guardados e milhões por descobrir..."

Dos mortos do dia.
Não é que em data oficial de defunto eu espere que a chuva graúda dê a boiar as almas perdidas, como se chegadas tarde a um encontro prometido. Aos mortos confunde-me não saber se me tomavam por faltoso fosse a história contada do avesso, como é certinho que um destes dias será. A segunda à esquerda, acho eu. Ou a primeira à direita.
Lembro-me de haver uma rotunda mas não sei se era só para confundir. Ou se as voltas foram feitas para trocar o destino ou se assim devo chegar a outro lugar, diferente daquele do qual parti nesse começo apontado a nenhures. Que ir faz mais sentido que ter de voltar. 'És um parecido entre os desaparecidos', como uma miúda em tempos idos os teve no sítio para dizer da minha alegada condição.
Só gosto que chova, que me resvale na careca o aguaceiro, que bufem perdigotos de gelo enquanto conto os metros até chegar a casa. A de alguém, em me faltando uma que me chame pelo nome como se em teimosia o sítio só proclamasse os nevões. De não esperar melhor paragem que o último bairro. E sabendo eu rir da matreirice pregada ao mais cabotino dos fados, não haver um pingo de sentido numa verdade desse tamanho. E que só no fim fique quieto, no lugar onde deveria ter ficado em pulgas.
Ele morreu
no Martinho da Arcada

O mês de Novembro, agora passado, assinala a morte (a 30 de 1935, há 90 anos) de um dos maiores génios da humanidade: Fernando Pessoa. Dois dias antes ele esteve, como lhe era habitual, no café Martinho de Lisboa. A seu lado sentavam-se, como também lhes era habitual, o professor Agostinho da Silva (então bolseiro numa Espanha a ensanguentar-se), e o juiz dramaturgo e cronista Luiz de Oliveira Guimarães, vizinho do poeta em Campo de Ourique. Pessoa mostrava-se constrangido por ter de submeter-se, no dia seguinte, a uma intervenção cirúrgica no Hospital de São Luiz dos Franceses, ao Bairro Alto. Falou pouco. Comeu um ovo estrelado, o seu jantar de sempre, a que chamava Sol Frito.
Não bebeu o bagaço do costume; mas como de costume, a conversa rolou entre literatura, política, a ditadura crescente e, particularmente, a ameaça do peso colonial . África merecia-lhes especial atenção, sobretudo a partir da publicação da célebre frase de Pessoa,
"A minha Pátria é a língua portuguesa", empenhados na concepção de um império cultural, espiritual onde "as colónias não só não seriam precisas como constituiriam um forte empecilho", palavras do autor de "A Mensagem". Isso provocou-lhes alguns dissabores (Agostinho seria preso e exilado no Algarve) por estar-se numa altura em que os portugueses eram quase todos colonialistas, monárquicos e republicanos, situacionistas e reviral-hos, intelectuais e povo, em consequência do Ulimatum Inglês.
O colonialismo impedia, na óptica deles, a formação de um grande bloco (multirracial, multicontinental), proporcionado pela nossa língua, pelo nosso estar com os outros. Não anteviam uma CPLP como a actual, mas uma
(alargada) comunidade de povos de línguas Ibéricas constituída pelos territórios (independentes e democráticos) da península ibérica, da América do Sul, de África e Ásia, de fala portuguesa e espanhola, riquíssimos em matérias primas, juventude criativa, dimensão geográfica, cultural e humanista.
"Só as línguas dos povos que criam impérios têm direito ao futuro. Nós criámos civilização, e não simplesmente a vivemos e a exploramos, pois recriámo-la pela escrita", escreve Pessoa .
Foi um dos seus últimos sonhos. Anos mais tarde, já radicado em Lisboa, passado Abril, Agostinho da Silva, à mesa do mesmo Martinho, comentará que, caído o império soviético, em desagregação o norte-americano, só o ibérico seria capaz de ombrear com o asiático (China, Índia, Paquistão) em afirmação, equilibrando a nova ordem mundial.
"Simbolicamente Pessoa morreu no Martinho", comentará Luiz de Oliveira Guimarães, "talvez por isso ele tenha, antes de expirar, pedido os óculos à enfermeira para escrever algo que não chegámos a conhecer".Ninguém lhes deu ouvidos.Aos três.
JESSICA ATHAYDE – BRIDEZILLA no Vilaret

Conhecida do público pela sua carreira na televisão, Jessica Athayde tem vindo a explorar novas formas de expressão artística. Dos livros que escreveu, passando pelo seu blog pessoal Jessy James, até às suas participações cada vez mais frequentes nos palcos de teatro, apresenta agora "Bridezilla", revelando uma nova faceta enquanto actriz e autora, mais pessoal e, claro, com muito humor à mistura.
"Bridezilla" é espectáculo de storytelling, onde os convidados são levados a testemunhar os bastidores caóticos das preparações do seu casamento.
5 Janeiro • 21:00Terça 6 Janeiro • 21:00 Segunda 19 Janeiro • 21:00 Terça 20 Janeiro • 21:00
Teatro da Trindade INATEL
Menina Júlia

Júlia é uma jovem de uma família rica que, por detrás de uma inocência aparente, esconde um lado provocador, frágil e despojado.
A ação desenrola-se na cozinha de uma das casas de seu pai, o Senhor S., também conhecido como o dono disto. Numa noite de festa de comemoração da entrada do verão, Júlia seduz e é seduzida por João,

O Teatro Taborda foi inaugurado em 31 de dezembro de 1870 na Encosta do Castelo. O edificío assenta sobre antigas instalações conventuais cuja origem remontava ao século XVI. O projeto de transformação do espaço em sala de espetáculo é da autoria do arquiteto de renome da época, Domingos Parente da Silva. Os cenários de Rambois e Cinatti foram recuperados do velho Teatro das Laranjeiras, entretanto destruído por um incêndio.
O seu nome é uma homenagem ao ator Francisco Taborda, nascido em Abrantes em 1846.

Teatro Nacional S. Carlos Datas e horários Dias de semana 11, 12, 18 e 19, às 20:00 Sábados 13, 20 e 27, às 18:30 Domingos 14, 21 e 28, às 16:00 Escolas (dia 17) às 15:00 Ensaio Geral Solidário dia 10, às 20:00 Duração 2h30, com dois intervalos Preço 15€ a 30€

Criado em 1962 para o Stuttgart Ballet, Romeu e Julieta de John Cranko, com música de Sergei Prokofiev, é hoje considerado uma obra-prima do repertório clássico.
A música de Prokofiev, interpretada neste espetáculo pela Orquestra Sinfónica Portuguesa sob direção de Cesário Costa, foi composta entre 1935 e 1936, complementa a narrativa com a sua riqueza orquestral
Canal contra ameaças
e agressões a jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas criou um canal para denunciar ameaças e agressões a jornalistas que será apresentado num webinar sobre estratégias de combate à violência on-line contra jornalistas.
Ameaças, insultos e acusações falsas aos jornalistas não atingem apenas os outros. Sabes o que fazer se fores tu alvo de perseguição e abusos nas redes sociais?
A jornalista do Diário de Notícias Amanda Lima e o jornalista László M. Lengyel, presidente do Sindicato Húngaro de Jornalistas (HPU), vão relatar os seus casos particulares, e como combateram o ódio de que foram alvo, no caso português, até à barra dos tribunais.
O canal serve para conhecer estratégias de resistência e denúncia de situações que chegam a ser crime, que passam a poder ser registadas num formulário dedicado, disponibilizado pelo SJ online.
Este canal de denúncias foi criado para que possas registar as ameaças, os insultos e as mentiras dirigidas a ti, ao jornalismo e aos jornalistas, seja nas redes sociais ou em corredores.Os abusos on-line contra jornalistas são um fenómeno global. Não aches que não te podem atingir. Denuncia. Age. Protege-te e protege os outros como tu.
Fome e cheias matam em Gaza
O genocídio do Palestinos
A grande esperança será o envio de tropas de manutenção de paz, proposta apoiada pelo primeiro ministro espanhol
GAZA... e se o outro lado não existir?
Lembro-me de Chipre e da pergunta que corria entre todos: e se em Gaza o outro lado não existir, se for "um espicaçar" dos durões para justificar todas brutalidades invasoras de Israe*?
Eram então 7 da manhã em Paphos, quando isso pairava na sala do pequeno-almoço.
Às 6.45 o meu amigo italiano Giulio tinha batido desalmada-mente à porta do meu quarto. Josep! Josep! Eufórico, porque o Canadá, o Reino Unido e a França haviam reconhecido a Palestina como estado independente. Mas já estavam atrasados 77 anos sobre a decisão das Nações Unidas de 1948. E depois? abespinhou-se ele.
E depois Meloni e Mertz ainda continuavam a vacilar na interdição do acesso de Israe* a fundos europeus para o desenvolvimento de engenharia informática. No valor de 200 milhões de euros. Como se eles precisassem. E depois? E depois, atalhei eu, dá cá um abraço porque não nos vamos chatear.
No abraço pressenti dúvidas sobre o verdadeiro patrão de Giuglio: Itália ou Vaticano? Novidades? perguntei eu, enfiando 4 fatias de pão escuro na torradeira. Seria Giuglio mais um enviado da Comunidade de Santo Egídio de Roma? Achas que eles não existem? perguntou ele? O outro lado, não passa de um nome.. jrr
Cartoonistas de olho em Trump





Jornais a caminho do fim
em poucas palavras, os jornais portugueses estão a um passo de fechar portas. Mas estamos todos a assobiar.
O jornal mais popular vende 38 mil exemplares, o de refência 8 mil. Há muitos anos fiz um jornal de liceu com tiragem de 5 mil exemplares vendidos em 3 números consecutivos.
Vitor Direito desabafou em 1995: perdemos todos os dias um leitor. E porquê? Porque enchemos os jornais e as TVs com politicos-comentadores-sarrafados e empurramos jovens repórteres (a 800 euros) para surfar o Facebook. Falta um ano para o apocalipse. A J Breda
Palavras santas
de Agostinho
em poucas palavras, vale reviver Agostinho da Silva, apontando o dever do Mundo assentar em três pilares: Sustento, Saber e Saúde. Em tempo de guerras....
santas!Sustento é coisa para ricos, empanturrados com a massa sacada do pratos dos pobres. Saber é a arma de poderosos em birras que assassinam centenas de milhar de jovens, velhos, mulheres e crianças. Um horror a cada dia.Saúde, basta ir à farmácia, onde o Povo só avia metade da receita. Porque razão os Agostinhos nunca serão Presidentes? jrr
vinham como formigas

Na casa
onde todos iam e vinham como formigas
carregando às costas cada hora
só ela sem paciência
desfazia o colar das horas transportadas.
E perguntava qual a medida do tempo:
se as horas, se o sonho que as desligava.
Na casa
onde todos dormiam só ela velava.
E perguntava: se era ela sonhando que dormia
com os outros sem sonhos a velá-la.
Na casa
onde todos rezavam orações decoradas
à volta duma imagem, só ela anjo mudo
escutava na aragem, a voz que lhe chegava do principio de tudo.









