

Cómoda milionária
Por 253 mil euros foi leiloada uma meia cómoda D. José (séculoXVIII) no Palácio do Correio Velho, em Lisboa. Trata-se de um top verificado em transacções de mobiliário português. Peça em pau-santo, finamente entalhada e com ferragens em bronze, pertenceu à colecção José Abecassis que a adquiriu em Londres, em 1972 por 1000 euros.É considerada um dos melhores exemplares da marcenaria nacional de todos os tempos.

Palácio Ratton em livro
Esta publicação constitui um documento expressivo daquele imóvel que alberga o Tribunal Constituicional.
Da autoria do arquitecto Helder Carita, investigador da casa-nobre portuguesa, é um valioso contributo para a história de Lisboa.
O autor testemunha a evolução do edifício, inicialmente habitado pelos Ratton, que o edificaram no inicio do século XIX.

Novo museu
Abandonado, arruinado e desprezado, o Palácio dos Condes da Ribeira Grande foi recentemente recuperado pelo empresário Armando Martins. Erigido nos séculos XVII e XVIII, nele habitou a família Câmara, capitães-donatários de Ponta Delgada ao longo de séculos.
Desde finais do século XIX, o imóvel conheceu diversas transformações salvando-se a capela, alguns painéis de azulejo, a escadaria e alguns salões.
PALÁCIO DUQUES DE PAMELA

Doze milhões de euros é o valor pedido pelo Palácio Palmela/Campilho, em Cascais.
Trata-se de um imóvel edificado em 1866 pelos III Duques de Palmela que contrataram o arquitecto Thomas Henry Wyatt. internacional
Já no dominio da joalharia , um valioso conjunto de jóias portuguesas e europeias dos séculos XIX e XX tem vindo a ser apresentada pela joalheira Alexandra Matias, em Lisboa.
As peças adquiridas em Portugal e França integravam uma importante colecção de artes preservada num amplo andar no centro de Lisboa.




Colecção de jades Pedro Guimarães

A colecção do decorador Pedro Guimarães, constítuida por fundamente por jades da dinastia Song aos nossos dias, tem vindo a ser leiloada na Casa Marques dos Santos, no Porto.
Os vários leilões despertaram as atençõies internacionais pelo valor e raridade do conjunto.
O coleccionador, falecido no ano passado, juntou esse acervo nas suas muitas viagens ao oriente, conservando-o nas suas casas do Porto e Sesimbra. O conjunto de jades, hoje quase impossivel de reunir, exemplifica essa arte aos longo dos séculos.
Pedro Guimarães pensara transformer a casa de Sesimbra num museu de arte oriental, mas o seu desaparecimento prematuro deitou por terra esse sonho.
António Brás



Reinauguração do Museu de Setúbal
O Convento de Jesus conhece actualmente uma nova fase, tendo sido objecto de grandes obras para preservar o incalculável acervo do Museu de Setúbal. Nele podemos observar um vasto espóilio relacionado com a cidade do Sado.
O autor do projecto, eng. João Botelho Moniz, juntou nele os acervos da Santa Casa da Misericórdia, da Câmara de Setúbal e de inúmeras doações. Os seus amplos salões são engrandecidos por azulejos, cantarias e tectos pintados. Neles podem contemplar-se pinturas dos últimos 500 anos



David triunfa na Sala dos Arcos
O espaço é dedicado exclusivamente ao azulejo barroco e rococo, onde se destaca o paínel "O Triunfo de David", obra imponente com nove metros de cumprimento por 1, 70 de altura.
Desde o período árabe que o azulejo faz parte do nosso quotidiano, tendo o seu maior incremento ocorrido no século XVI, época de prosperidade dilatada pelos Descobrimentos. Várias fábricas surgiram a partir de então, permitindo alargar, popularizar a sua utilização.
A mais célebre foi a do Rato, em Lisboa. Actualmente destacam-se a Sant`Ana e a Ratton

Na primeira metade do século XX observou-se uma renovação no seu sector, na qual se destacaram os nomes de Rafael Bordalo Pinheiro, Pedro Jorge Pinto, Pereira Cão e Jorge Colaço. Nas gerações seguintes, artistas como Maria Keil, Sá Nogueira, Almada, Alice Jorge, Pomar, Eduardo Nery, Vieira da Silva, Menez, Cargaleiro, Lourdes Castro, Querubim Lapa e Bela Silva, enriqueceram, diversificando, esse impulso criativo. António Brás

A Companhia Nacional de Ballet fez um Ensaio Geral Solidário (EGS) Forsythe/ McNicol/ Balanchine
Foi uma iniciativa de apoio à Fundação GIMM - Gulbenkian Institute for Molecular Medicine no Ensaio Geral Solidário (EGS) : Forsythe/ McNicol/ Balanchine. Um donativo a partir de 12 euros deu acesso ao ensaio geral
UM PSICÓLOGO COLECIONADOR
O psicólogo Jorge Manuel da Silva Ferreira, já falecido, que dedicou a vida a coleccionar pintura, desenhos e gravuras de artistas portugueses dos anos 60 a 2015, era, no entanto, quase desconhecido no meio.
Todos os seus rendimentos iam para adquirir obras de arte e livros que enchiam dois apartamentos, (um t1 e um amplo t2) na zona de Cascais. primitivas africanas e um diminuto núcleo de cerâmicas e vidros.
O acervo totalizava 420 obras. Os últimos anos do colecionador revelaram-se particularmente dificeis. Recusando tratamentos a um tumor, acabou por morrer durante a pandemia de Covid no Hospital de Cascais.
A quase totalidade dos herdeiros (12),recebeu o seu espólio. Sem filhos, com vagos primos, passou
mais de quatro décadas a coleccionar imagem lateral, uma Cadeira do Tempo de Gonçalo Mabunda.
Todos os seus rendimentos iam, no entanto, para adquirir obras de arte e livros que enchiam dois apartamentos, um t1 vagos , passou mais de quarto décadas a coleccionar de Figueiredo, Pedro Saraiva, Ruth Rosengarten, Rui Serra, JoãoSalema, Inez Teixa, um excelente núcleo dos principais gravadores entre Viseu e o seixal, descobrem um familiar que a maioria nunca conheceu.
A colecção (invetarida por mim e leiloada em duas casas de Lisboa) atingiu largas dezenas de milhares de euros, tendo os apartamentos sido colocados no mercado.
Todos os sonhos de imortalidade se desfizeram.
António Brás

Uma cadeira do tempo de Gonçalo Mabunda

Natureza Morta de Eduardo Saraiva